Para atacar os sistemas, os criminosos usaram uma brecha revelada em março deste ano e que afeta o Windows Server 2003 R2. Essa versão do Windows não recebe mais atualizações de segurança da Microsoft desde julho de 2015. A brecha está presente no IIS, o servidor web do Windows. Isso significa que os sistemas vulneráveis normalmente estão abertos e expostos na internet e podem ser atacados com facilidade. A brecha é grave e permite que o sistema vulnerável seja contaminado imediatamente, sem qualquer interferência de usuário ou administrador.
Como o Windows Server R2 e o IIS não são usados em ambientes domésticos, a maioria dos ataques deve ter comprometido empresas e, principalmente, donos de sites.
Embora a Microsoft tenha excepcionalmente lançado atualizações para sistemas obsoletos após os ataques do WannaCry, e que a brecha explorada por esse ataque esteja entre as falhas eliminadas, as atualizações automáticas não funcionam corretamente nesses sistemas, o que deixa muito deles vulneráveis.
Os criminosos usaram um código pronto, porém levemente modificado, para atacar os sistemas. Ao ser explorado, o computador baixa um minerador da criptomoeda Monero. Os ataques partiram de sistemas operados pelos próprios criminosos.
A Monero é uma criptomoeda semelhante ao Bitcoin. Diferente do Bitcoin, no entanto, a Monero não dispõe de chips específicos para sua mineração. Isso significa que o poder de processamento de computadores comuns já é suficiente para conseguir obter algum faturamento com a mineração da moeda.
Segundo a Eset, os ataques começaram no dia 26 de maio. Desde então, os criminosos têm realizado os ataques em "ondas" para encontrar e invadir novos sistemas vulneráveis na internet.
"Às vezes é preciso muito pouco para se ganhar muito, e isso é especialmente verdadeiro no mundo atual da cibersegurança, onde até mesmo vulnerabilidades bem documentadas e conhecidas há bastante tempo ainda são muito efetivas por causa da falta de conscientização de muitos usuários", afirmou a Eset.
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